terça-feira, 16 de novembro de 2010

A nossa primeira aula

A nossa primeira aula foi no dia 15 de Novembro e consistiu em apresentar o nosso projecto aos alunos e em falar sobre algumas obras que seleccionamos previamente para vermos as reacções dos participantes e para lhes mostrarmos diferentes épocas artísticas.


1º Quadro - Em geral, a impressão foi parecida. Associaram a obra a um retrato em que estavam representadas uma mãe e uma filha, provavelmente de uma zona rural da América do Sul. Acharam uma graça particular à cara/expressão da criança e um dos participantes achou que contrastava com a calma que a mãe transmitia.


2º Quadro - Alguns repararam que estava pintado através de pinceladas fortes e aproveitamos para explicar que era um dos traços do Impressionismo. Eles pensaram que esta maneira de pintar era mais fácil do que a anterior. Algumas senhoras lembraram-se dos chapéus que usavam na altura da sua infância, que eram semelhantes aos do quadro. A intensidade e a imensidão do verde também foi comentada e um dos senhores observou que as duas pessoas do quadro estavam pintadas num amarelo claro. Explicamos que dessa forma o verde sobressairia mais facilmente. O senhor perguntou se, então, achávamos que tinha sido propositado e concluímos que provavelmente teria sido.

3º Quadro - O Sr António observou que Rivera gostava muito de retratar as pessoas nos seus quadros pois estas ocupavam toda a tela. Houve uma discussão acerca do que estaria dentro do cesto - se seria uma flor, um fruto, algo que crescia na região, etc. Falaram também sobre o peso que o senhor no quadro carregava. Aproveitamos para perguntar se alguém tinha trabalhado no campo em jovem. O Sr Joaquim contou-nos que tinha tomado conta dos animais no terreno dos pais e começamos a falar acerca de Braga há umas décadas atrás - "Era tudo campos, não era preciso ser da aldeia para trabalhar no campo" disseram-nos a Dona Maria Teresa e a Dona Madalena.



4º Quadro -  "Que calor! Até suo só de olhar para este quadro" disse o sr. António mal viu o quadro. Houve uma discussão acerca de qual dos quadros representava a desfolhada do Norte e do Sul e falou-se também da separação de trabalhos entre homens e mulheres.


5º Quadro  - Este quadro despertou alguma curiosidade devido às cores utilizadas e à pincelada.




6º Quadro -  Este quadro teve um impacto curioso nos participantes devido ao beijo nele representado e aos padrões pintados. O Sr Joaquim e a Dona Madalena comentaram que seria uma manta a cobri-los. Alguns disseram que ela não parecia muito contente e o sr. António comentou "Não é bem isso... ela quer é mais!".


7º quadro: Os participantes acharam que a obra parecia uma foto. Uns disseram que era um casamento de pessoas importantes, que parecia o rei de Espanha, outros disseram que parecia mais um negócio do que um casamento. Para eles parecia uma coisa controlada - “Está ali a ver se não dá bronca!” disse o Sr António “e os outros de trás estão-se nas tintas.” Falou-se também da aliança e nos costumes de casamento - “ No tempo da minha mãe não havia aliança!... Eram pobres!” contou-nos a Dona Maria Teresa.Observaram também que havia conversa de fundo e que parecia um evento social.


·         8º Quadro: Acharam este quadro estranho, com figuras estrambólicas, uma espécie de dráculas e caveiras, que sugeriam ser do tempo do Carnaval. O Sr Joaquim achou este quadro pornográfico, e houve quem nem quisesse comentar. Esta obra suscitou-lhes uma ideia de expressividade sem temer a ideia do nú.

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9º Quadro: Gostaram do quadro, mas comentaram a posição distorcida da cabeça. A dona Maria Teresa contou-nos a sua experiência de ser mãe - “Eu nem sabia pegar nele”. Questionaram a posição do quadro, se seria na horizontal ou na vertical.



10º Quadro: Falaram de outra senhora que participa nas aulas de pintura que pintou uma tela com um Cristo para incentivar o filho acreditar na religião. Disseram que o quadro era de um Cristo moderno. Depois houve uma “discussão” acerca da religião dos filhos - se os pais deveriam tentar incentivar os filhos a acreditar ou deixa-los descobrir sozinhos aquilo em que querem acreditar. Observaram as formas geométricas, os azulejos e os pontos. O senhor Joaquim contou-nos que em casa dos seus pais havia um oratório e várias pessoas mostraram acreditar na sua religião - “Eu algum dia ia deitar o Cristo fora?” disse-nos a Dona Madalena.

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Algumas fotos que tiramos aos nossos acolhedores participantes:








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